3 dias no deserto da Bolívia

4 de fevereiro de 2013 § 4 Comentários

De 06 a 08 de janeiro de 2012

Preparem-se para uma overdose de imagens (que foram dificílimas de selecionar)!
Por volta de uma hora depois de ter saído da cidade de Uyuni estávamos na estrada e ao longe já dava pra visualizar a imagem de montanhas que se desdobravam no chão: era o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo (12 mil quilômetros quadrados de extensão) que no período das chuvas forma uma fina camada de água na superfície refletindo todo céu, montanhas e objetos. Você não consegue identificar o horizonte, onde termina o chão e onde começa o céu. A paisagem mais incrível que já vi, as imagens falarão por si.

Chegando no Salar de Uyuni.

Chegando no Salar de Uyuni.

Salar de Uyuni

Antes de entrar definitivamente no salar demos uma rápida parada em uma vila próxima onde existem pequenas lojinhas de artesanato (alguns feitos a partir do sal extraído de lá mesmo).

Vila próxima do Salar de Uyuni.

Vila próxima do Salar de Uyuni.

Salar de Uyuni

Salar de Uyuni

Nossa galera e nossos jeeps.

Nossa galera e nossos jeeps.

Salar de Uyuni

Salar de Uyuni

Chegamos ao Hotel de Sal mas antes de visita-lo curtimos um espaço logo ao lado do hotel onde existem bandeiras de diversos países do mundo. Pouco depois almoçamos por ali mesmo, ao ar livre, e se quer saber, foi a melhor refeição (embora fria) que havia provado até esse momento na Bolívia.
Nossas refeições eram preparadas pelo nosso guia que também nos contava um pouco da história de cada lugar que visitávamos, colocava e tirava nossas cargueiras do topo do jeep, e nos conduzia as hospedagens.

Salar de Uyuni

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Salar de Uyuni

Almoço no Salar.

Almoço no Salar.

Salar de Uyuni

Difícil foi querer sair do Salar, mas era inevitável. Próxima parada: Cemitério de Trens.

Cemitério de Trens

Cemitério de Trens

Esse foi nosso primeiro dia e agora seguíamos rumo a primeira hospedagem, mas claro que antes que chegássemos lá um imprevisto tinha que acontecer. Furou o pneu do nosso jeep. Porém, já familiarizados com esse tipo de surpresa e ainda em êxtase pela experiência que estávamos vivendo, fomos curtir e fotografar um pouco mais o deserto enquanto nosso guia consertava o carro.

Pneu furado.

Pneu furado.

Deserto

Pneu do jeep consertado, agora sim, rumo a hospedagem!

Pôr do sol

Pegamos muita chuva no caminho para a hospedagem e só chegamos lá bem tarde. O lugar era bem simples mas ajeitado, o chão de cimento com um pouco de areia bem fina por cima, mas lembro que o banheiro limpo e com cheirinho de desinfetante até emocionou visto o que havíamos encontrado nos banheiros públicos das outras cidades. Nos dividimos em dois quartos com três camas pequenas com colchões d’água e uma mesinha. Não vimos mais ninguém da nossa turma mas tínhamos a esperança de os encontrar no dia seguinte durante os passeios, então jantamos e dormimos enfim.
Na manhã seguinte, bem cedo, eu e os dois amigos que dividiram quarto comigo acordamos para ver o sol nascer no deserto.

Nascer do sol

Tomamos café da manhã e então seguimos para o próximo destino: Valle de Las Rocas (de um visual incrível), onde reencontramos todo resto da turma.

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Deserto

Em seguida visitamos as Lagunas Honda e Hedionda. Passamos também pelo Deserto de Siloli, onde se encontram enormes formações rochosas esculpidas pelo vento onde poderíamos subir para visualizar todo deserto. Dentre estas pedras, destaca-se o conhecido “Arbol de Piedra” assim chamado devido seu formato parecer uma árvore.

Deserto

Laguna Hedionda

Laguna Hedionda

Laguna Hedionda

Laguna Hedionda

Laguna Hedionda

Laguna HediondaLaguna Hedionda

Laguna Honda

Laguna Honda

Deserto de Sioli

Deserto de Sioli

Arbol de Piedra

Arbol de Piedra

No caminho passamos por uma área novamente alta e vimos que nevava um pouco, foi lindo. De lá já víamos também a Cordilheira dos Andes.
Chegamos então a Laguna Colorada. E é bem próxima a sua entrada que existe um posto de validação do ingresso para visitação da Laguna (150 bs), pois a mesma faz parte de um parque federal.
Com tonalidade rosada, que pode se alterar de acordo com o clima e os ventos, o visual da laguna é incrível visto ao longe sobre as rochas e a quantidade de flamingos nela impressiona e encanta.

Posto de entrada da Laguna Colorada.

Posto de entrada da Laguna Colorada.

Laguna Colorada

Laguna Colorada

Laguna ColoradaLaguna Colorada

A poucos metros da Laguna Colorada ficava nossa próxima hospedagem. Grandes blocos de cimento formavam a maioria das camas, outras poucas eram comuns, feitas de metal, mas em todas as camas e quartos era unânime a umidade.
Nos hospedamos a tarde e ainda estava bastante claro, encontramos (acreditem se quiser) uma casinha próxima que vendia bebidas (sim, no deserto!), que mesmo exposta em estantes estavam geladas de tanto frio que fazia naquela região.
Eu mais alguns amigos passamos aquele fim de tarde bebendo cerveja e conversando ao ar livre, sempre em busca de uma fresta de sol porque ventava muito também.
As 19h a maioria dos hóspedes faziam fila de espera pra recarregar câmeras e celulares – anteriormente fomos informados que lá só existe energia elétrica das 19h as 21h pois a mesma é fornecida por gerador.

Hospedagem
Hospedagem

Hospedagem
Tivemos um belo jantar (com direito a vinho inclusive) e logo depois fomos dormir com toda energia do local já desligada. Lembro que foi uma noite muito difícil de se passar porque fez muito frio, o colchão estava úmido e os cobertores cheiravam mofo. Me enchi de roupas, entrei no saco de dormir que levei e deitei sobre a cama. Ainda assim no meio da noite passei mal do estômago e, ao sair do quarto, encontrei mais duas amigas na mesma situação, tomamos uns sais de frutas e voltamos a dormir.

As 5h da manhã já estávamos de pé, prontos para partir. O primeiro destino do dia foram os gêiseres Solar de Mañana (um conjunto de poços com líquido fervente e enomes colunas de fumaça), que só podem ser vistos bem pela manhã. Estávamos a mais de 5000 m de altura e uma amiga desmaiou por conta da altitude, porém rapidamente tomou comprimido de soroche e o guia a levou para uma área mais baixa. Em poucos minutos ela já estava melhor.

Gêiseres

Gêiseres

Gêiseres Solar de Mañana

Gêiseres Solar de Mañana

Gêiseres

Em seguida passamos alguns minutos nas deliciosas águas termais (quase 0º fora e 40º dentro).

Águas Termais

Águas Termais

Região das Águas Termais.

Região das Águas Termais.

Conhecemos também o deserto de Dali (lugar no deserto boliviano onde supostamente Salvador Dalí se inspirou para pintar o seu famoso quadro – a persistência da memória) e a Laguna Verde, onde se pode ver o Vulcão Licancabur.

Deserto de Dali

Deserto de Dali

Laguna Verde e Vulcão Licancabur

Laguna Verde e Vulcão Licancabur

Fim do roteiro, fomos então deixados no meio do nada. E por incrível que pareça nesse “nada” havia um posto de migração (que de fora mais parecia uma mercearia rs) e diversos outros estrangeiros a espera do carimbo no passaporte e transporte para o Chile, afinal era ali uma fronteira entre os dois países.
Na migração tivemos também que pagar uma taxa extra de 15 bs para liberação do visto. Não achamos aquilo muito legítimo mas era muito pouco dinheiro pra se correr o risco no meio do “nada” rs.

A espera do transfer para o Chile.

A espera do transfer para o Chile.

Migração

Migração

Esperamos algum tempo e logo estávamos nós viajando novamente, do frio dos desertos bolivianos para o calor chileno.
No próximo post, San Pedro do Atacama (Chile).

Migração

RESUMO DE GASTOS:

taxa extra de migração – 15 bs

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