Paraísos de Pernambuco

20 de dezembro de 2011 § Deixe um comentário

O gosto pela viagem sempre esteve presente, só faltavam as oportunidades certas nos momentos certos…e foi assim que conheci também Pernambuco!

Um amigo que havia reencontrado há alguns meses e já me havia feito uma série de convites irresistíveis que antes não pude aceitar, me convidou para passar um final de semana em Tamandaré (PE). Meu salário de estagiária não permitiria uma viagem desse tipo e muito menos em alta temporada, e foi aí que o cargo em empresa aérea do meu amigo e seu lindo desconto nas passagens fizeram toda diferença! Claro que não pensei duas vezes para aceitar!

Partimos então no dia 17 de fevereiro de 2011, pré-carnaval.
E lá fomos eu e Gabriel rumo a Recife (PE) pela madrugada. E não poderia omitir o mico que paguei logo que embarcamos…na busca de um lugar que ficasse na janelinha escolhi justo a poltrona da saída de emergência e então lá veio o comissário me perguntar se me sentia apta a reagir no caso de uma emergência, e por impulso soltei um assustado “Não!”…Eu? a pessoa que tem medo de avião e odiou o fato de fazer escala na ida e na volta dessa viagem? Ah sim, claro…claro que troquei de poltrona na mesma hora! rs

Chegamos em Recife as 5h do dia 18/02 e fomos recebidos por um casal de amigos do Gabriel que vive lá. Foram super gentis durante todo o dia que passamos lá. E dormir pra quê? Deixamos nossas coisas no apartamento em Recife e em seguida partimos para Porto de Galinhas (PE). A intenção era pegar o jipe para Maragogi (AL) para fazer mergulho, mas nosso ônibus atrasou, perdemos o jipe e decidimos passar o dia naquele paraíso mesmo, e não há como chamar de outra forma, Porto de Galinhas tem a melhor praia que já fui na vida. Pouca profundidade, água com temperatura amena e claríssima, um sonho!

Almoçamos frutos do mar por lá mesmo e em seguida, a tarde, voltamos para Recife. Claro que fiz o Gabriel descer antes só pra passar ao lado do Rio Capibaribe que sonhava em conhecer depois de assistir aos filmes de Claudio Assis.

Chegamos em casa no fim da tarde. Pra descansar? Claro que não! Tomamos banho, nos trocamos e de lá já nos despedimos do casal de amigos, pois outros amigos paulistas já haviam chego e nos esperavam para ir a Olinda (PE). Nos encontramos então numa praça de Recife e lá partimos para a linda e animada Olinda, onde ainda vimos ao longe um bloco de pré-carnaval que descia as ladeiras, e, subindo algumas delas, chegamos a um grupo de maracatu que ensaiava por ali. Não preciso nem dizer que esse meu primeiro dia em Pernambuco foi um dos melhores dias do meu ano, né?!

Buscamos mais um casal de amigos no aeroporto de Recife de madrugada e de lá ainda emendamos siri e cerveja num barzinho de Recife. Ok, depois fomos dormir rs, quase 3h, mas fomos dormir.

Acordamos logo cedo no outro dia e então já partimos para Tamandaré (PE) que faz divisa com Alagoas.

Cidade litorânea, com praias desertas e piscinas naturais. Éramos, enfim, 13 pessoas numa mesma casa por 2 dias, uma delícia. Não conhecia ninguém além do Gabriel, mas eu e meu dom de muito falar logo deram conta de me aproximar de todos, pessoas divertidíssimas. Manhã de praia, tarde de praia (ou de rede) e noite de bares a beira mar. Chatooo rs! Não tenho grandes “points” a indicar para visita se não talvez a famosa Praia dos Carneiros, mas tudo lá é muito gostoso e incrível, de verdade. Todo litoral é lindo, limpo e pouco frequentado. Quer paz, beleza e algumas das melhores praias do Brasil (das que já vi) ?! Vá a Pernambuco, um cantinho nordestino feito de paraísos naturais, mas que ainda reserva todo agito da capital Recife e sua famosa vizinha, Olinda!

Uma experiência carioca (com tempero pernambucano) de cinema

19 de dezembro de 2011 § Deixe um comentário

E quando penso que meu fim de 2010 já está suficientemente especial, descubro uma semana depois do retorno de Salvador, que fui selecionada para fazer o Workshop de Direção de Cinema com Claudio Assis, pelo Festival Curta Cinema do Rio de Janeiro. E lá fui eu de volta ao Rio…e pela primeira vez sozinha!

Os gastos do fim do ano já haviam passado um pouco do meu limite, então, ao mesmo tempo em que fiquei feliz com a seleção me desanimei ao pensar que não conseguiria ir. Porém, aos 45 do segundo tempo, exatamente às 22h do dia anterior ao Workshop (que começaria as 14h) meus pais decidem me pagar a viagem! E lá fui eu correndo para casa fazer as malas, ligar para os hostels para descobrir onde haviam vagas e partir, exatamente as 7h com passagem comprada na hora rs.

Meus amigos souberam que ficaria fora aqueles dias enquanto eu já estava a caminho do Rio de Janeiro.

E claro que não seria uma aventura completa se não houvesse um pouco de emoção né?! Pois é, meu ônibus quebrou no meio da estrada, as 9h. Demorou mais de uma hora para passar um próximo que pode nos trazer, mas ainda assim esse fazia paradas em várias cidade e só cheguei no Rio as 15h30. Eu e muitos outros passageiros fizemos reclamação no posto de atendimento da empresa de ônibus (Itapemirim), recebemos apenas o valor da diferença entre o ônibus que paguei (Executivo) e o que me trouxe (Convencional) e mais nada.

Peguei um táxi – e que delícia passear por essa cidade durante o dia, o ar que respiro parece outro – e fui correndo para o Oi Futuro Ipanema onde acontecia o workshop, mas já era tarde e eu havia perdido o primeiro dia.

O jeito foi buscar um hostel para ficar, e essa foi tarefa muito fácil. Estava próxima da Estação de Metrô General Osório e de lá bastou ir até a rua de trás (Rua Barão da Torre) e em 3 quarteirões já havia encontrado vários. Fiquei em um chamado ‘Girl From Ipanema’, um hostel que fica numa vila de hostels, e essa foi a parte boa…

Os mais atentos aos meus últimos posts sobre o Rio devem ter notado que faltou um passeio noturno indispensável aos visitantes da cidade maravilhosa, Lapa! Aí que entra a parte boa de estar na vila de hostels. Nos encontramos as 22h no corredor central da vila e lá conheci argentinos, alemães, australianos, americanos, canadenses, mexicanos, enfim, falamos tudo menos português rs! Fomos todos curtir a noite na Lapa e, nossa, foi incrível. Voltei as 3h30 com uma amiga que fiz no hostel, a isrraelense Orli (acho que se escreve assim). Super simpática e doidinha. Ela veio de Israel sem saber nenhuma palavra de português, e sozinha. Garota inspiração rs!

No dia seguinte acordei bem cedo e fui curtir a praia de Ipanema (que ficava a 3 quarteirões do hostel). A tarde fui ao workshop e ali sim veio a recompensa de todo estresse que havia passado no ônibus. Claudio Assis é um diretor incrível e a forma como fala do cinema nacional uma inspiração. Além do bate-papo que já foi super enrriquecedor, ainda fomos filmar – cenas polêmicas – na Praia de Ipanema. O melhor workshop que já fiz!

Voltei para o hostel, busquei minhas coisas, e como não tinha passagem de volta comprada fui dar uma volta pela praia antes de ir a rodoviária e voltar pra casa. Uma passagem relâmpago pelo Rio, mas tão boa quanto as outras estadias mais longas…mais que o tempo o que vale são as experiências!

O cinema Salvador!

19 de dezembro de 2011 § 2 Comentários

No segundo semestre de 2010 resolvi, pela primeira vez, inscrever alguns curtas-metragens que havia feito durante a faculdade em festivais. Em agosto de 2010 tive o prazer de ter dois deles (“Linhas” e “Roosevelt’s”) selecionados para a Mostra PUC-Rio de Curtas. Nos meses seguintes continuei inscrevendo-os, mas por mais otimista que fosse não imaginava que, no dia em que voltei do festival ‘Paraty em Foco’ entraria na internet e veria ali, quase como uma miragem, o nome desses mesmos curtas selecionados para o Festival Universitário de Cinema da Bahia, o que não significava apenas o reconhecimento do meu trabalho e imenso orgulho por serem dois, mas também minha ida a Salvador com todas as despesas pagas pela produção do festival a fim de participar de todo festival e ainda de 3 workshops com profissionais de cinema.

O primeiro semestre de 2010 não havia sido nada fácil para mim (pessoal e profissionalmente falando), mas voltar de uma semana dos sonhos em Paraty e no mesmo dia saber que em menos de um mês depois estaria realizando também o sonho de conhecer Salvador (e viajar pela primeria vez de avião) foi realmente uma recompensa incrível e o indício de que a partir dali muita coisa iria mudar…

Parti em 13 de outubro de 2010. Pouco sabia sobre quem iria encontrar, onde iria ficar ou o que iria acontecer. Me despedi nervosíssima do meu pai no aeroporto e lá fui eu a enfrentar meu maior medo e maior vontade (voar), e sozinha. Sentei na poltrona do corredor ao lado de duas mulheres super simpáticas com que fiz amizade, troquei telefone e quase reencontrei na cidade. Descrever a sensação de voar pela primeira vez? Liberdade, medo (ah, claro que dá rs) e sonho…como melhor definir a visão por cima das nuvens?

Cheguei em Salvador e fui recebida – eu e Armando, outro diretor selecionado que estava no mesmo vôo que eu mas só conheci no fim – pela querida produtora Joana. No caminho ela nos explicou mais ou menos sobre tudo que aconteceria nos próximos dias e ali já começava a cair a ficha de quão incrível era tudo aquilo. Sorte?

Ficamos hospedados em nada menos que Hotel Sol Victoria Marina. Um hotel no Corredor da Vitória com fundo para o mar e vista para a Baía de Todos os Santos, piscina e um teleférico que descia até um pier com restaurante e tobogãs, no mar. Devo ainda acrescentar que meu quarto tinha até banheira e que o café da manhã era um sonho e o pão delícia inesquecível ou já descrevi o suficiente? rs. Parece brincadeira, mas de fato chamar de agradável aquela estadia seria até pouco.

Os almoços e jantares aconteciam no restaurante do Instituto Goethe  e recomendo muito, são sempre comidas caseiras típicas da cidade, sem contar com o ambiente aberto com mesas ao ar livre, muito gostoso.

Na abertura do festival foi um prazer imenso assistir de perto meu trabalho na telona, e mais, assistir aos demais trabalhos e saber que o meu havia sido selecionado para competir com tantos filmes de alto nível, muito bem produzidos em todos os sentidos.

“Roosevelt’s” foi meu curta selecionado entre os finalistas da Mostra Competitiva do festival, e o responsável por me levar à Bahia e por todas as experiências que tive por lá:

Durante a semana visitamos a Unijorge, onde fizemos 3 dias de workshop de vídeo para celular, com Nacho Durán. Houve também uma gostosa tarde com bate-papo sobre Cinema de Baixo Orçamento com Ricardo Alves Jr. e nossa penúltima manhã com workshop sobre suportes de captação e novas formas de exibição com Priscila Brasil, realizado no desagradável pier do hotel rs.

Das atividades culturais e noturnas realizadas durante a semana destaco:

  • Groove Bar (uma das poucas coisas que esperava curtir na Bahia e amei…rock!);
  • passeio a praia da Barra;
  • visitas e shows no Pelourinho (multicolorido, multicultural);
  • os bares do Rio Vermelho (a “Lapa” baiana, animadíssima e de frente para o mar);
  • o Baile Esquema Novo (festa tradicional com discotecagem de música brasileira…bacanérrimo. Nesse dia viramos a noite e voltamos para hotel na hora do café da manhã rs)
  • visita ao Elevador Lacerda e Mercado Modelo;
  • e o incrível ensaio do Olodum (ao qual me meti a ir sozinha e acabou me apresentando uma nova amiga de Brasília, com que tenho contato até hoje).

Novos lugares, novos sabores, novas ideias e novos amigos, o saldo não poderia ter sido mais positivo. Se ver parte de um mundo que você sempre desejou e de repente acreditar que você pode realizar tudo aquilo que sonhar…sensação que ficou e nem dá pra explicar. Não ganhei nenhum prêmio no festival, de certa forma isso pareceria até pedir demais depois do presente que foi toda essa experiência e tamanha qualidade de todos os trabalhos ali apresentados. Eu tinha toda razão quando previ que as coisas a partir dali iriam mudar. Foi uma viagem grandiosa, um festival incrível e, não, não foi só isso.

Paraty (em Foco)

16 de dezembro de 2011 § Deixe um comentário

Sempre tive vontade de conhecer Paraty, principalmente na época da famosa Flip (Feira de Literatura de Paraty) que é sempre bastante divulgada. O que não imaginaria é que tão cedo eu teria o privilégio de conhecê-la…e em Foco!

Soube apenas 2 semanas antes de partir, em setembro de 2010, que havia sido selecionada para monitorar alguns workshops no ‘Paraty em Foco‘ (Festival Internacional de Fotografia de Paraty). Assim encontrei toda equipe numa terça-feira pela manhã na região da Av.Paulista e em seguida partimos em 6 vans fretadas. Nessas vans estavam desde os monitores como eu a fotógrafos que dariam oficinas e grandes convidados como, por exemplo, Maureen Bissiliat, que estava na mesma van que eu e foi uma das pessoas mais impressionantes (profissional e pessoalmente falando) que conheci.

Fizemos uma parada no caminho para almoçar e daí surgiu essa linda fotografia:

Sonolenta, dormi no restante da viagem e quando abri os olhos tive o prazer de ver as praias de Ubatuba (SP) bem ao meu lado. Dormi e de repente acordei de frente para o mar, parecia um lindo sonho, mas era verdade.

Chegamos a cidade e logo nos deparamos com o lindo centro histórico e suas calçadas de pedra. Mais uma volta e…mar! Tão tranquilo e claro, desaguando num riozinho que cruzava toda cidade. A perfeita combinação de praia, interior e história!

Fiquei hospedada no hostel Che Lagarto com mais 5 meninas no mesmo quarto. O ambiente do hostel é a lembrança mais forte que trago, lugar super agradável, com sala de estar com TV, computadores e uma área comum ao ar livre com uma pequena piscina, providencial em dias de calor. O quarto era simples e pequeno mas virou quase como uma sede de muitos bate-papos e risadas, super bacana. Nos tornamos amigas e, graças ao auxílio das redes sociais, ainda mantemos contato. O que mais me chamava atenção no hostel era a receptividade e boa vontade do pessoal lá, chegávamos cansadas e recebíamos convites para festa, luau…sem contar o café da manhã que naquela semana foi preparado mais cedo por conta do horário que tínhamos que chegar a sede do Festival para iniciar as atividades, 8h.

Pois é, pra quem pensou que essa viagem foi apenas um tour, muito se engana. A produção do festival é preocupadíssima com todos os detalhes, e assim saíamos todos resolvendo os detalhes de cada espaço, correndo sobre as ruas de pedra para um lado e para o outro o dia inteiro. Faz parte do trabalho de produção, foi um prazer imenso caminhar por aqueles espaços e tantos profissionais. Haviam eventos noturnos também e aí estava o privilégio em trabalhar no festival, tivemos contato direto e bate-papos super interessantes com muitos fotógrafos geniais, brasileiros e estrangeiros. Tive o prazer de monitorar o workshop de Edição de Imagens de Eder Chiodetto, um cara por quem já tinha admiração através dos seus trabalhos e mais ainda depois dessa passagem por Paraty.

A cidade oferece além de paisagens lindíssimas, tanto naturais quanto “urbanas” um clima perfeito para qualquer coisa que desejar fazer, desde passar a tarde na praia, passear ao lado do rio ou fazer compras a beber com os amigos em bons bares com música popular brasileira, dançar e comer muito bem. Os bares da região são uma mistura típica entre a tranquilidade e clima do interior com a badalação de uma cidade turística (bem, ao menos durante o Paraty em Foco).

O restaurante que mais frequentei foi o Miracolo, acho que por três motivos principais: fica em frente a Praça da Matriz, no centro histórico de Paraty, onde sempre haviam vários outros bares badalados e muita gente (e amigos) por perto, tem preços bastante acessíveis e serve as melhores massas que já provei – destaque pra o fettuccine ao pesto.

Miracolo na verdade é definido como Sorveteria e Doceria porque é esse, na verdade, o foco do lugar, com sabores originais produzidos lá mesmo. Famoso pelo sorvete, que provei no último dia na cidade e atesto ser ótimo mesmo, mas confesso, experimentei mais vezes as massas e foi aí que o lugar me arrebatou.

São muito doces as lembranças dessas ruas de pedra. Andar por estas a noite, atravessar a ponte iluminada, foram momentos solitários e introspectivos muito importantes pra mim.
Tranquila, tradicional, animada e linda, esta é Paraty, que encontrei apenas uma vez (em Foco) e pretendo ainda voltar muitas vezes.

De volta ao Rio

14 de dezembro de 2011 § Deixe um comentário

Não demorou muito desde a minha primeira visita e já estava de volta ao Rio. Não  posso nem devo aqui omitir o motivo: o amigo que me convidou para me hospedar em sua casa na primeira visita ao Rio havia se tornado meu namorado e agora parecia que minha “cidade dos sonhos” se tornaria mais frequente (e olha que mesmo terminando o namoro 2 meses depois de fato ela se tornou mais frequente rs).

Dessa vez foram só 5 dias, em fevereiro de 2010.
Como já disse meu objetivo principal na visita não era turístico, então os pontos de visita também foram reduzidos. No primeiro dia fiz uma longa “viagem” a Jacarepaguá, na festa de uma outra amiga carioca que também conheci em Nova Gokula. Descobri nesse dia que os cariocas não exageram quando dizem que Jacarepaguá é longe rs. Detalhe para ida de barca, amo aquilo! Lembro ainda, que no retorno passei pela Favela da Rocinha e me impressionei com o tamanho, de fato quase uma cidade. Também caminhamos pelo Leblon até Copacabana para pegar ônibus e eu me sentindo em um tour, muito gostoso caminhar por ali.

Passamos boas tardes entre amigos e em um ensolarado dia tive o privilégio de conhecer a melhor praia que conheci em Niterói, talvez uma das melhores do Rio, se considerarmos também a possibilidade de nadar, devido ao tamanho menor das ondas – aos que não conhecem o Rio de Janeiro já se preparem, quase impossível nadar nas famosas Copacabana e Ipanema pois as ondas, em muitos períodos do ano, são gigantes!

Enfim, voltemos a praia que conheci…Camboinhas! Nesse dia aprendi definitivamente que mesmo sendo branquela não se deve abrir mão do protetor solar para se bronzear! Mal dormi naquela noite.

As imagens falarão por si, mas acrescento contando que se trata de uma praia quase privada, com acesso apenas através de um condomínio em Niterói. Limpa, linda, um paraíso…mais um no Rio!

Copacabana – o Reveillon dos sonhos

14 de dezembro de 2011 § Deixe um comentário

Um sonho que durou de 30/12/2009 a 13/01/2010.

Um dos amigos que fiz na visita a Nova Gokula me convidou para ficar na casa dele quando fosse ao Rio de Janeiro. Não esperei muito e logo fui aceitar o convite e realizar um sonho antigo, passar o Reveillon (e meu aniversário) em Copacabana.

A chegada foi recheada de imprevistos. Esqueci de carregar meu celular que ficou sem bateria no meio do caminho, o ônibus que me levou era antigasso e sem ar condicionado. Chovia na chegada ao Rio (dia 30/12) além de um trânsito absurdo na Av.Brasil. Como se não bastasse, o motorista era novato e não sabia chegar na rodoviária e um dos passageiros teve que guiá-lo! Cheguei com mais de 3 horas de atraso e lá encontrei com alguma dificuldade o Alexandre (carioca que me hospedou) e seus amigos preocupados com a demora. Na travessia da ponte Rio-Niterói (que virou um dos meus pontos favoritos do Rio de Janeiro) o carro parou umas 5 vezes e mesmo na chuva os meninos sairam para empurrar. Passei a virada do meu aniversário na Rio-Niterói e chegamos na casa dele (em São Gonçalo) apenas depois das 1h da madrugada.

No dia seguinte realizei meu sonho…linda queima de fogos em Copacabana, linda praia lotada, animadíssimo som da furiosa bateria do Salgueiro. Perfeito!

No segundo dia, e fica aí uma super dica, fui tomar sorvete a noite na praia de São Francisco, em Niterói. Lugar muito gostoso e tranquilo onde víamos amigos, casais e famílias passeando, conversando, jogando futebol…e com uma incrível vista da Baia de Guanabara. Típico lugar que turista nuca ouve falar, mas que vale muito a pena conhecer.

Hora de voltar a Copacabana! Mas agora durante o dia, e em grande estilo. Me apaixonei pelo passeio de barca entre Niterói e o centro do Rio, parecia criança olhando tudo aquilo. Copacabana é linda e depois de muito andar e andar ainda conheci o popularíssimo Carlos Drummond no fim da orla.

E como estava no Rio de Janeiro não podia, afinal, deixar de aceitar o convite para conhecer um Baile Funk, e lá fui eu ao Castelo das Pedras de São Gonçalo, e definiria principalmente como ” divertido” rs.

Outra praia lindíssima que recomendo muito (mesmo tendo tomado um super caldo na primeira visita rs) é Itacoatiara, em Niterói.

E pra fechar bem a noite duas saídas foram especiais…a visita com amigos ao Bar do Blues, uma “balada” em São Gonçalo que toca principalmente rock (dificilmente blues rs), e claro, a quadra da Viradouro (que infelizmente saiu do grupo especial naquele ano). Eu que já sou suspeita pra falar do amor a percussão e as escolas de samba curti pra caramba!

Visitas a Lapa, Praia de Ipanema  (lotada, mas ainda assim deliciosa), Praia do Leblon, Arpoador e Cachoeiras de Macacu (lugar um pouco distante, tranquilíssimo e muito agradável) fecharam a programação da minha primeira visita a cidade que virou meu quintal de casa, a cidade pela qual me apaixonei.

Uma experiência Hare Krishna de cinema

13 de dezembro de 2011 § 2 Comentários

Foi só um final de semana…de 31/07/2009 a 02/08/2009.

Fomos selecionados para fazer divulgação de filmes brasileiros (cada um representando uma Universidade) e então lá fomos nós para o primeiro encontro sobre cinema brasileiro e sobre a produtora (Brazucah Produções)…21 agentes de Sampa e 15 do Rio de Janeiro. Local? Comunidade Hare Krishna Nova Gokula, em Pindamonhangaba (SP).

Foi a primeira viagem que fiz sem conhecer ninguém. Bem, na verdade conhecia uma pessoa, a Gabi (amiga de uns 4 anos antes que reencontrei nesse dia), também selecionada.
Haviam nos contado que lá fazia muito frio nessa época e de fato aquela primeira noite estava bem fria. Fomos recebidos pela querida e simpática Lalita, e em seguida, guardar nossas bagagens no alojamento nos fundos da “região”. Já ali decidimos nos conhecer e conversar um pouco. Nós, os paulistas, que fomos os primeiros a chegar. Um pouco mais tarde chegaram tabém os cariocas, todos jantamos uma sopinha e passeamos por uma espécie de mata até chegarmos numa casinha onde passamos a noite fazendo algumas dinâmicas de grupo. Foi muito bacana conhecer aqueles pessoas, todas tão diferentes e ao mesmo tempo apaixonadas por cinema. Estávamos íntimos em poucas horas!

No dia seguinte acordei com um suave som de água corrente e só então pude ver que bem em frente ao nosso alojamento havia uma ponte e que por debaixo passava um rio. Em seguida tive ainda a oportunidade de beber um delicioso Chai (bebida hindú) e saborear o mais natural e saboroso café da manhã que já provei. O almoço servido também era muito bom e exótico (e apimentado). Da janela do restaurante, a surpresa, um lindo pavão passeava livre no jardim. Bois andando livremente por qualquer lugar (qualquer mesmo) também eram atrações da comunidade. Hare Krishnas respeitam a vida em primeiro lugar e não se alimentam de nada que de alguma forma tenha causado dor a um animal.

Naquele primeiro dia ainda fizemos um passeio divertidíssimo à um rodízio de massas no centro de Pindamonhangaba, omde passamos a noite cantando, dançando e bebendo cerveja (o que seria proibido em Nova Gokula). Alguns levaram ainda algumas garrafas para o alojamento e a noite se estendeu até o nascer do sol, com muita risada, bate-papo e claro, bebida rs. Foi lindo observar o nascer do sol de cima de uma grande pedra ao lado do rio próximo ao alojamento.

Sim, ainda me lembro que o propósito principal da viagem foi conhecer e trocar informações sobre o mercado de cinema brasileiro rs. Os dois dias de encontro foram cheios dessas discussões, com palestras super bacanas! As horas passaram rápido nesse final de semana, mas com certeza posso dizer que foram muito bem aproveitadas.

Na última manhã (de domingo), antes de voltarmos, eu e mais alguns novos amigos (coincidentemente a maioria de cariocas), pulamos com roupa e tudo no tal rio de Nova Gokula. Pois é, a meteorologia havia nos enganado e o pouco frio que fez (e apenas a noite) não foi tão intenso assim. Cair naquele rio foi a maneira mais divertida e gostosa de me despedir (ao menos temporariamente) daquelas pessoas e daquele lugar.

Duas irmãs perdidas na estrada

13 de dezembro de 2011 § 3 Comentários

Julho de 2007.

Minha irmã, Barbara, estava no oitavo ano da Escola Municipal de Bailado de São Paulo e decide prestar para a Academia Bolshoi, em Joinville (SC). Detalhe: nenhuma das duas trabalhava, ou seja, paitrocínio total!
Enquanto ela preparava sua apresentação e se concentrava para o grande dia eu saí pesquisando tudo: hotéis (porque naquela época ainda não havia descoberto os insubstituíveis albuergues), mapa da cidade, coisas a se fazer e conhecer (gratuitas, porque o orçamento foi surpresa e estava apertadíssimo).

Viajei morrendo de medo porque dias antes havia ocorrido um dos maiores acidentes da aviação brasileira (com a TAM). Passamos um frio descomunal na ida (e mal imaginava o que me esperaria na volta), chegamos lá as 7h e eu muito espertinha fui procurar um mapa da cidade pra comprar quando então descubro que o mapa da cidade cabia numa folha A4 e era distribuído gratuitamente rs! A genial solução foi pegar um ônibus que passasse por uma das ruas principais da cidade, e assim fizemos. Descemos e ficamos no primeiro hotel que encontramos: Hotel Hannover, a 60 reais a diária com café da manhã para 2 pessoas, com banheiro e aquecedor! Melhor que hostel né?! Não era nada muito luxuoso, mas era bem bacana sim.

Lembro que só conseguimos ligar para tranquilizar a exagerada da minha mãe as 12h e ela, coitada, já estava tensíssima.

No dia seguinte fizemos a inscrição final da Babi no teste e depois passeamos pela cidade, no outro dia ela fez o teste e, infelizmente, não passou, a técnica francesa que havia aprendido nos 8 anos da Escola Municipal de Bailado não era bem vinda na Academia de origem russa.

O remédio era então curtir a cidade. Lembro que caminhamos bastante naqueles dias, mas não demorou muito para descobrirmos que se andava a cidade inteira a pé. Ônibus só faria sentido com nossa pesada, exagerada e quase inútil bagagem.

Além do belo Teatro Bolshoi conhecemos as praças centrais, shoppings e vimos inúmeras casinhas em estilo alemão. Tenho pouquíssimas fotografias dessa viagem, só tínhamos na época uma câmera analógica e um filme de 36 poses que com fotografias a baixa luz foi quase totalmente perdido. Por isso as fotografias desse post não foram as que eu tirei, mas são dos lugares que conhecemos. Atualizo com minhas próprias imagens assim que as recuperar, prometo!

Na volta (novamente de madrugada), além do frio natural da região acredito que o ar condicionado do ônibus devia estar ligado, pois sofremos de um frio que mal posso descrever. Cheguei ao ponto de encher meu tênis com papel higiênico nas laterais para barrar o frio, horrível!

Enfim, o objetivo principal da viagem não foi alcançado, mas jamais vou esquecer aqueles 5 dias em que fomos só eu e minha maninha, inexperientes e curiosas, vivendo de pão, frios, leite, refrigerante e Nutella…desvendando a meiga Joinville.

Olá, mundo!

11 de dezembro de 2011 § 1 comentário

Quem me conhece há muito tempo sabe bem, amo viajar!
Não que seja algo que sempre fiz muito na vida, não. Sempre foi mais um desejo de descoberta abafado pela pouca grana e falta de emprego (talvez de contatos também).
Fato é que minha primeira viagem sozinha (sem meus pais, apenas eu e minha irmã, que na época tinha 17 anos) aconteceu em 2007 apenas, quando eu tinha 19 anos. Fomos p/Joinville (SC) pra que ela fizesse um teste na Academia do Bolshoi. Foi uma viagem de 5 dias em julho, ou seja, friooo!

Mas tudo mudou em 2009…
Em agosto fui selecionada para uma agência que faz divulgação de filmes brasileiros, que fez um primeiro encontro em Pindamonhangaba (SP), numa comunidade Hare Krhsina. Esperiência mais que incrível que também me apresentou alguns novos amigos (de São Paulo e do Rio) e, inclusive, meu ex-namorado (carioca) responsável pela minha primeira visita ao Rio de Janeiro (RJ), e bem numa época que fazia parte dos meus sonhos, Reveillon (que também é o dia do meu aniversário). Me apaixonei pelo Rio e voltei no mês seguinte!
Mal sabia que no ano seguinte, em 2010, receberia convite para trabalhar num festival de fotografia em Paraty (RJ), participar como convidada de um festival de cinema em Salvador (BA) – que também proporcionou minha primeira viagem de avião – e ainda ser selecionada para fazer um workshop de direção de cinema (com ninguém menos que Claudio Assis) novamente no Rio (e aí já seria a terceira vez em menos de um ano).

Pronto, estava então acesa a chama para que eu fizesse do meu desejo de sempre uma realidade…viajar, viajar, viajar!
Em fevereiro do ano seguinte (2011) conheci um dos lugares que mais desejava conhecer, Pernambuco, com direito a passagem por Recife, Olinda, Porto de Galinhas e Tamandaré. Incríveis!

E como dizem que quando pensamos e desejamos muito uma coisa nós a atraímos, lá vem a prova…
Um grupo de amigos me chamou pra passar o carnaval no Rio (sim, me apaixonei pela cidade) e, numa inocente busca da programação dos blocos de carnaval encontrei nada menos que um fórum no site Mochileiros.com. Resultado? Além dos 5 amigos com quem viajei conheci mais um grupo de quase 20 viajantes de todos os lugares do Brasil (inclusive uma argentina) com quem tenho contato até hoje!
Criamos um grupo para manter contato, no Facebook, que começou com 20 pessoas e nesse exato momento (porque na web temos que pensar em instantes) tem 241 membros!  O resultado disso foi um super encontro em Paraty  (RJ) em abril (do qual não pude participar) e depois também no Rio e em São Paulo em maio para despedida de uma nova amiga que se mudou para Amsterdam (mas da qual não perdemos contato também).

Uma nova viagem foi marcada para junho, Campos do Jordão (SP), e nessa se reuniram mais de 50 pessoas em 2 casas alugadas! Final de semana inesquecível! Duas semanas depois, julho, já estávamos em Santa Isabel (SP) num novo grupo de 33 pessoas, fazendo uma festa julina privada.
Se seguiram inúmeros encontros e visitas à Sampa também, e um carinho mútuo que só tende a aumentar. Amigos frequentes na minha vida, que morro de saudade com apenas 2 ou 3 semanas sem ver. Graças também a essa amizade pude ser hospedada por um casal muito querido (que conheci no carnaval) em setembro, quando fui ao Rock in Rio. Pois é, essa cidade sempre me proporcionando experiências novas e inesquecíveis.

Nos últimos meses do ano precisei parar um pouco com as viagens e me concentrar em economizar dinheiro e terminar a faculdade. E por que economizar?
Mais uma vez através desse grupo estou prestes a realizar mais alguns sonhos: o Reveillon especialíssimo em Florianópolis (SC) com esses novos e amados amigos mochileiros, e nada menos que minha primeira viagem internacional, mochilão pela Bolívia, Chile e Peru, em janeiro de 2012.

Sempre tive vontade e medo de fazer um blog, vontade de escrever e dividir as inúmeras ideias que se passam na minha cabeça e medo de não conseguir mantê-lo e torná-lo apenas mais um. Mas depois de tantas coisas enfrentadas e a enfrentar, nada mais justo do que dividir essas tantas experiências que tenho tido o privilégio de viver.
Contarei aqui um pouco das viagens já passadas que comentei, e também pretendo relatar em tempo real as minhas próximas “trilhas”. Sou ainda uma aprendiz de mochileira, com uma mochila quase vazia e pronta pra ser entupida de conhecimento.

Sou uma garota comum de 23 anos, que pouco conhece do mundo e da vida, que tem medo de avião e nunca fez uma trilha ou acampou em qualquer lugar. Uma garota baixinha, frágil, mas orgulhosa e cheia de personalidade, e aí está talvez as duas fortes características que me fazem enfrentar esses tantos medos e o desconhecido!

Não sou a única que tem sonhos nessa vida. Não sou a primeira nem a última com dificuldades pra realizá-los. A diferença está em ir atrás do que se quer e enfrentar (ainda que com medo) os desafios. Abrir a alma para o mundo, porque tem muito mais gente como eu por aí, louco pelo mundo e sem um tostão no bolso, mas que acredita, economiza, e realiza! Deixar o tempo passar enquanto lamento e vejo, sentada no sofá, a vida que eu queria para mim passar na TV?? Não não, obrigada! Tenho muito o que falar por esse mundo, e imagine só o quanto ainda não tenho para ver e escutar?!
Me acompanham?

Onde estou?

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